"Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais…"
-Lulu Santos
Desapareci da vida de algumas
pessoas, não por querer ou por ser uma dessas criaturas malvadas, mas sim
porque elas não souberam me decifrar, não souberam construir um relacionamento,
não souberam me salvar quando eu precisei, e eu já me perguntei 70 vezes se eu
fui egoísta, se eu fui a filha da puta da historia, ai rebobinei tudo que eu me
lembrava, joguei tudo sobre a cama e ouvi a remontei a historia de novo e de
novo, suspirei, passei a mão na nuca e me senti usada, me senti como uma
daquelas descargas que você joga tudo mas nunca limpa como deveria ser limpa, já
desistir de tentar montar amizades temporárias, odeio esse tipo de coisa, é horrível
chegar no ano seguinte e lembrar como aquela pessoa te construiu e te completou
de alguma forma e não poder mais contar com ela, é HORRíVEL, com todas as
letras e acentuação, pessoas luas, pessoas fases, eu as odeio. Mas não um ódio pesado,
é um ódio precário, um ódio de falta, só quem sente falta entende o que é
isso.
E diferente de tudo que vejo por
ai construo em meus relacionamentos um laço forte, uma necessidade que não deveria
nem existir, mas é a forma certa mais errada de serem meus.
Eu posso sentir falta, e como diz
o Nando Reis, que a falta é morte da esperança, toda esperança de ter de volta
acabou quando a bendita saudade a enterrou, sim, acho que saudade, porque não terei
de volta as coisas que perdi, e sinto essa tal de saudade porque não as quero
de volta, já me doeu uma vez, vai ser como bater a testa em pedras. Sou dessas
mesmo, dessas que vai até o ultimo ponto até o final dessa merda toda pra ver
no que vai dar, ainda tento continuar a escrever torto, sem linhas, até o final
da pagina, e como sempre me faltam folhas e sobram palavras, e como sobram.
Mesmo “odiando’’ os que me
deixaram, os agradeço. Nem vou fazer aquele discurso que todo mundo adora
fazer, inclusive eu, porque já estou cansada, não cansada de tudo, mas cansada
de sempre ser o que os outros precisam e ninguém ser o que eu necessito, e eu já
estou cansada de falar de reciprocidade, sendo que todo ser capaz de existir
devia nascer com isso machucando a
bunda, pois não veria essa ferida constantemente, mais sentiria todas as vezes
que senta-se para pensar sobre as merdas que constantemente cometem.
E eu vou sim continuar me
entregando em todos os meus relacionamentos, me entregando até o ponto em que você
possa aguentar. Os poucos eu já tenho, só falta desacorrentá-los e esperar que
eles voltem.
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