terça-feira, 13 de novembro de 2012

Quando se tem saudade, não se tem de volta.


"Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais…"
-Lulu Santos 



       Desapareci da vida de algumas pessoas, não por querer ou por ser uma dessas criaturas malvadas, mas sim porque elas não souberam me decifrar, não souberam construir um relacionamento, não souberam me salvar quando eu precisei, e eu já me perguntei 70 vezes se eu fui egoísta, se eu fui a filha da puta da historia, ai rebobinei tudo que eu me lembrava, joguei tudo sobre a cama e ouvi a remontei a historia de novo e de novo, suspirei, passei a mão na nuca e me senti usada, me senti como uma daquelas descargas que você joga tudo mas nunca limpa como deveria ser limpa, já desistir de tentar montar amizades temporárias, odeio esse tipo de coisa, é horrível chegar no ano seguinte e lembrar como aquela pessoa te construiu e te completou de alguma forma e não poder mais contar com ela, é HORRíVEL, com todas as letras e acentuação, pessoas luas, pessoas fases, eu as odeio. Mas não um ódio pesado, é um ódio precário, um ódio de falta, só quem sente falta entende o que é isso.
       E diferente de tudo que vejo por ai construo em meus relacionamentos um laço forte, uma necessidade que não deveria nem existir, mas é a forma certa mais errada de serem meus.
       Eu posso sentir falta, e como diz o Nando Reis, que a falta é morte da esperança, toda esperança de ter de volta acabou quando a bendita saudade a enterrou, sim, acho que saudade, porque não terei de volta as coisas que perdi, e sinto essa tal de saudade porque não as quero de volta, já me doeu uma vez, vai ser como bater a testa em pedras. Sou dessas mesmo, dessas que vai até o ultimo ponto até o final dessa merda toda pra ver no que vai dar, ainda tento continuar a escrever torto, sem linhas, até o final da pagina, e como sempre me faltam folhas e sobram palavras, e como sobram.
       Mesmo “odiando’’ os que me deixaram, os agradeço. Nem vou fazer aquele discurso que todo mundo adora fazer, inclusive eu, porque já estou cansada, não cansada de tudo, mas cansada de sempre ser o que os outros precisam e ninguém ser o que eu necessito, e eu já estou cansada de falar de reciprocidade, sendo que todo ser capaz de existir devia nascer com isso  machucando a bunda, pois não veria essa ferida constantemente, mais sentiria todas as vezes que senta-se para pensar sobre as merdas que constantemente cometem.
       E eu vou sim continuar me entregando em todos os meus relacionamentos, me entregando até o ponto em que você possa aguentar. Os poucos eu já tenho, só falta desacorrentá-los e esperar que eles voltem. 

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